Com a pandemia, proprietários e administradores de apartamentos sentiram o impacto do aumento das taxas de inadimplência. De acordo com o censo de 2021 do portal SíndicoNet, 20,5% dos respondentes afirmaram ter dificuldade em lidar com as violações.
O comércio e a indústria sofreram com o desemprego, a redução salarial e consequentemente a redução do orçamento familiar, que causaram um impacto financeiro que refletiu no aumento da inadimplência das taxas condominiais.
Diante deste cenário, surgem dúvidas dos moradores que buscam alternativas com o condomínio para fugir da inadimplência, o que levanta questionamentos sobre a isenção dessas taxas.
Afinal, condomínios podem isentar o pagamento das taxas condominiais?
Mesmo em uma situação delicada como essa, é recomendado que síndicos e administradoras não concedam descontos ou isentem o pagamento da taxa condominial. Segundo o Art. 1.336 do Código Civil, é dever de cada condômino contribuir para as despesas do condomínio nas devidas proporções, exceto se previamente acordado em convenção condominial.
Uma vez que condomínios não visam lucro e as taxas condominiais cumprem o papel de arcar com as despesas necessárias para o devido funcionamento e manutenção, os gestores não possuem recursos para isentar os moradores. Por isso, eles buscam ferramentas para auxiliar na gestão e facilitar a cobrança.
Tecnologias auxiliam síndicos e administradoras a driblar a inadimplência
Conforme o Censo 2021 do SíndicoNet, o número de condomínios que aderiram ao uso de tecnologias vem crescendo. Estes aplicativos auxiliam a driblar a inadimplência através da automação financeira que atua na redução de custos do condomínio, uma vez que possibilitam a redução de tarifas bancárias, entre outras taxas.
Igor Oliveira, sócio de uma Administradora na Bahia, afirma que a redução dos custos com tarifas bancárias chegou a 82,1% após a implementação de um sistema para condomínios. “Antes de utilizar o sistema, minha administradora gastava cerca de R$ 1.265 com tarifas bancárias mensalmente, agora pagamos uma média de R$ 210 mensais.”
Outro fator importante, é a funcionalidade da régua de cobrança automática, que envia lembretes recorrentes e estratégicos aos condôminos. Segundo Clarie de Jesus, síndica de um condomínio em Francisco Morato – São Paulo, a tecnologia automatiza os processos de cobrança e facilita na gestão: “Aqui no condomínio utilizamos um sistema de gestão e antes disso a nossa inadimplência era de 45%, mas após várias campanhas e até ações de cobrança, posso afirmar com sorriso no rosto que no mês de julho zeramos a inadimplência.”
Há sistemas, inclusive, que atuam em todas as etapas da gestão de condomínio. O uCondo, por exemplo, auxilia síndicos administradoras desde 2015, quando a startup foi criada. Hoje, colabora com a organização de cerca de 2.400 condomínios e mais de 150 mil moradores pelo Brasil.
Via Terra