O aumento salarial dos empregados de apartamentos no mês passado em 6% e o aumento nas contas de luz após o reajuste da bandeira vermelha, especialmente para o Nível 2 de energia, aumentaram 52%, impulsionando um aumento nos gastos com apartamentos.
O acordo coletivo do empregado é vinculativo e aplica-se a todos os pagamentos recebidos, tais como salários, recibos, 13 dias e feriados. O piso salarial dos porteiros, por exemplo, passou de R$ 1.447,75 para R$ 1.534,61, aumento de R$ 86,86. O reajuste é retroativo a abril e deve ser pago em até duas parcelas, junho e julho.
Segundo um levantamento feito pela Estasa, administradora imobiliária, a folha de pagamento representa o maior gasto do condomínio, cerca de 70% da despesa total.
A cota condominial é um rateio de despesas, ou seja, não se arrecada mais do que precisa. Então, todos os condomínios que recebem muito próximo do que gastam, precisarão reajustar a cota e cortar despesas, como por exemplo, reduzir horas extras, readequar o quadro de funcionários, reutilizar e individualizar o consumo de água e reformular o sistema de iluminação.
Reajuste pode impactar nos aluguéis
Os gastos com as cotas de condomínio também devem impactar as negociações sobre o valor do aluguel. Segundo especialistas, com altas taxas de condomínio é preciso equilibrar o preço cobrado na locação para assinar contratos e não perder inquilinos.
As negociações de reajuste da locações vivem um momento delicado ainda mais pelo índice utilizado para correção. O índice mais utilizado como indexador nos contratos, calculado pela FGV, alcançou mais 32%, em 12 meses no mês passado.
O projeto de lei 1026/2021, em tramitação no Congresso, propõe substituir o IGP-M pelo IPCA no índice preferencial dos contratos de aluguéis residenciais e comerciais. O IPCA alcançou 8,06% em 12 meses terminados em maio. Ou seja, o índice dos aluguéis está quase quatro vezes acima do indicador de preços calculado pelo IBGE.
A escolha do índice é livre na negociação inquilino e proprietário. De qualquer forma, o IPCA é um índice que reflete muito melhor a variação de preços no bolso das pessoas, muito alinhado com o propósito da correção dos aluguéis.
Via: CNN Brasil e Extra